- Antonio Pietrobelli
Economia do Brasil cairá para 13ª em 2021
Economia do Brasil, que já foi a 6ª do mundo, cairá para 13ª em 2021
A economia do Brasil, que já foi a 6ª maior do mundo, e aspirava o 5º lugar, deve cair para a 13ª posição em 2021, um degrau abaixo da provável colocação no ranking de 2020. A projeção consta no estudo World Economic League Table 2021, feito anualmente pelo Centre for Economics and Business Research (CEBR).
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ocupou a 6ª posição no ranking mundial em 2011, após ultrapassar o Reino Unido, e o país caminhava para o 5º lugar. Porém, a desvalorização do dólar, a queda nos preços das commodities e, principalmente, a crise agravada pelas políticas ultraneoliberais levaram a economia ladeira abaixo: 9º, em 2015, e 12º, em 2020, ultrapassado por Rússia, Coreia do Sul e Canadá. Em 2021, o PIB da Austrália também deve superar o do Brasil.
A recuperação será longa. Somente no final da década, em 2030, o Brasil deve retornar à 8ª posição no levantamento, mas voltará a cair até 2035, para o 9º posto. Ou seja, 20 anos sem sair do lugar em relação aos demais países.
Enquanto isso, a previsão é que a economia chinesa supere a dos Estados Unidos em 2028, cinco anos antes das previsões anteriores do CEBR. A Índia, depois de ultrapassar o Reino Unido em 2019, perderá a posição em 2020, mas voltará ao 5º lugar em 2025 e deverá chegar ao posto de 3º maior PIB do mundo por volta de 2030.
O CEBR calculou que o efeito da pandemia teve um custo no PIB mundial de US$ 6 trilhões. A previsão é de uma forte recuperação econômica em 2021, com um crescimento do PIB mundial de 3,4%, embora apenas em 2022 a economia do planeta ultrapassará o nível de 2019.
No Brasil, o estudo ressalta que o mercado de trabalho nunca se recuperou da recessão de 2015/16, e a pandemia de 2020 apenas piorou a situação. A taxa de desemprego aumentou de forma constante de 6,8% em 2014 para 11,9% em 2019 e deverá alcançar 13,4% em 2020.
“Um problema que afetará o mercado de trabalho do Brasil à medida que emergir da recessão nos próximos anos é a fraca produtividade, que o país sofre como resultado de um ambiente de negócios pobre e um sistema tributário distorcido.