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  • Antonio Pietrobelli

Audiência do Instagram já é 35% maior que a do Facebook



Estudo realizado pela plataforma Socialbakers revela que o Instagram ampliou sua liderança sobre o Facebook durante a pandemia. De acordo com o levantamento mundial, o público no Instagram já é 34,7% maior que na primeira rede social de Mark Zuckerberg, ante uma vantagem de 28% no primeiro trimestre de 2020. Além disso, o irmão mais novo recebeu 22 vezes mais interações do que o Facebook, contra 16 vezes no primeiro trimestre de 2020. Apesar de o Instagram ser a rede com maior público e melhor engajamento, 61,9% de todas as postagens dos perfis de marcas ainda são no Facebook, mesmo o número sendo menor em comparação com o segundo trimestre de 2020, quando a concentração de posts na rede representava 70,1%.

Quando se trata de quantidade de posts no Brasil, é possível perceber que o montante de publicações é quase o mesmo, mas, ao contrário do que acontece no mundo, a audiência das marcas é menor no Instagram, mesmo o engajamento sendo muito maior. Ainda segundo o estudo, a quantidade total de tempo que usuários passam no Facebook voltou aos níveis pré-pandêmicos, uma tendência que começou no segundo trimestre de 2020. Conclusões do relatório Social Media Trends Report Q3 2020 da Socialbakers foram feitas com base nos 50 maiores perfis de marcas do mundo e no Brasil, entre julho e setembro de 2020.

Já levantamento da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), intitulado #MS360FAA e que analisa trimestralmente o comportamento dos usuários, marcas e celebridades nas duas redes, chegou à conclusão que o ano de 2020 foi completamente fora dos padrões. Em isolamento completo ou não, o comportamento das pessoas nas redes sociais mudou. A pesquisa é realizada há cinco anos a partir de uma parceria do Núcleo de Inovação em Mídia Digital (NiMD) da Faap com a Socialbakers. São analisadas as 100 maiores páginas nas duas plataformas, tendo como critério o número de seguidores.

Nesse último estudo, um dado que demostra a mudança do comportamento das pessoas nas redes sociais é o de seguidores de celebridades brasileiras com mais interações no Instagram. Em 2020, os 100 primeiros perfis dessa categoria perderam, na média, mais de 800 mil seguidores. O estudo também verificou que, enquanto os famosos perderam seguidores nesse período, as marcas ganharam. Houve, em 2020, um crescimento de 11,34% no número médio de perfis que seguem essas marcas no Instagram, o que equivale a um salto de 2.097.368 no primeiro trimestre de 2020 para 2.335.403 no último trimestre. Os números de crescimento de 2020 foram pequenos, mas se considerado o acumulado dos últimos cinco anos, o crescimento é expressivo. Em 2016, os perfis de marcas possuíam uma média de pouco mais de 320 mil seguidores. Agora, a média é de pouco mais de 2,3 milhões de seguidores. Portanto, ao longo de cinco anos, houve um crescimento de 620% nesta categoria. As marcas também passaram a publicar mais posts no Instagram. Em 2016, a média era de 14 publicações por semana, passando para uma média de 21 em 2020. Em relação às interações no Instagram, ambas as categorias (marcas e celebridades) tiveram diminuição, mas o tombo foi maior para as celebridades, que tinham em média 150.385 interações por post em janeiro, fevereiro e março de 2020. Nos três últimos meses do ano, esse volume passou para 113.133 (redução de 24,77%). Para as marcas, o número já era bem menor se comparado ao das figuras públicas: média de 6.757 interações por post no início do ano. Mas, mesmo assim, proporcionalmente, a queda foi menor, chegando a 6.415 interações (menos 5%).

O professor Thiago Costa, coordenador da Pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital da Faap e um dos pesquisadores do estudo, acredita que houve “uma saturação das redes”.

“Depois de um longo período de quarentena no qual as pessoas ficaram muito mais presentes nas plataformas, passando mais tempo online e também discutindo muito em função da polarização ainda bastante presente nas redes sociais, muita gente não aguentou mais e começou a se desconectar”, explica.

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